Fico enojado com
notícias como a deste link (aqui). A meu ver, tem o ranço mais obscurantista
possível. Não cabe ao Estado tutelar a moral individual. Quem acredita que
livros presentes nas livrarias atentam contra crianças e adolescentes? Ridículo.
Tenho horror à
censura. Se uma criança ou adolescente estiver sozinha, sem seus pais ou
responsáveis, e entrar em uma livraria para matar a curiosidade de folhear o
tal "50 tons de cinza", então, aí estaria pelo menos uma coisa boa
que esse livro (que, ao que tudo indica, é de baixíssima qualidade literária)
terá feito!
Nenhum criança
ficará moral ou mentalmente prejudicada por folhear em público um livro em uma
livraria. Felizmente, não estamos no tempo nem no lugar em que
"iluminados" que se julgavam donos da moral e da verdade promoviam
fogueiras públicas de livros "imorais". Mas, tristemente, de tempos
em tempos ressurge, cá e lá, um ou outro retrógrado ávido por publicar seu
"index librorum prohibitorum".
Ó horror, ó infâmia,
ó ignorância. Uma sociedade de censura, na qual o Estado julga ter o papel de
tutelar a moral individual, está podre. Um horror!
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