Saturday, December 21, 2013

O PAÍS HORROROSO QUE BROTA DAS REDES SOCIAIS

Sou entusiasta das novas tecnologias da comunicação. Considero a internet a mais fantástica criação humana em termos de tecnologia. Uso redes sociais – o Facebook, especialmente. E me espanta perceber certas faces do país que emergem do uso das redes. Leio muitas notícias na internet e procuro prestar atenção aos comentários feitos nas redes sociais. Desse uso cotidiano, não tenho, obviamente, um levantamento científico que possibilite avaliar a frequência dos comentários por categorias. Mas o que vejo já é suficiente para dar-me uma amostra assustadora das correntes de pensamento e de comportamento que normalmente não apareciam tão abertamente antes das redes sociais.

Vejo, a partir da internet, um país com grupos numerosos de racistas, machistas, homofóbicos, defensores da ditadura militar brasileira, fanáticos religiosos intolerantes e quejandos. E um tipo mais sutil: o dos que não suportam o contraditório, que não conseguem ouvir qualquer opinião contrária e são incapazes de mudar uma vírgula do seu pensamento, os “senhores da razão”, apegados às suas verdades absolutas. Evidenciam-se nas redes sociais grossos contingentes de pessoas com acesso à internet que gostariam que fosse instaurado no Brasil um regime ditatorial, de repressão absoluta, com poderes para julgar sumariamente e condenar à morte por qualquer crime, independentemente do que reza a lei.

Já passei dos 50 anos e não guardo mais medos, não vivo obcecado por segurança ou por garantia de futuro. Estou convencido de que morrerei sem ver um Brasil decente. Mas sempre tive a esperança de vislumbrar um futuro distante melhor do que os tempos amargos em que vivemos. Essas manifestações grotescas que pululam tão numerosas nas redes sociais têm diminuído minha esperança. Acredito cada vez menos em mudanças consistentes que levem, em um passo que não seja de tartaruga, a um mundo mais fraterno e solidário.


Talvez um cataclismo global, natural ou provocado pelo homem, possa fazer surgir uma humanidade diferente. Tenho minhas dúvidas...

Wednesday, December 18, 2013

Perda de pontos acabará com a violência nos estádios?

Punir os clubes com perda de pontos em consequência da ação de seus torcedores é uma aberração jurídica. Clubes e torcidas organizadas são personalidades jurídicas distintas – a ação de uma não pode resultar em punição à outra. No caso das brigas, trata-se de infração penal – portanto, a responsabilização deve cair sobre cada agente individualmente. Quem agride não é “a torcida”, mas uma pessoa específica (ou várias, mas cada uma deve ser julgada individualmente conforme sua participação no crime). Ademais, o indivíduo que está no meio da massa não é “torcida organizada”. Qualquer pessoa não filiada a uma torcida organizada pode comprar ingresso, ficar junto dos integrantes da torcida e cometer uma agressão.

O torcedor não é representante legal do clube, não age em nome dele, não tem qualquer poder para representá-lo. Torcedor que comete crime deve ser julgado individualmente conforme o crime que cometeu. A punição do clube com perda de pontos daria margem a situações como a infiltração de pessoas mal intencionadas na torcida adversária com o objetivo de criar confusão e prejudicar o oponente. Se vinte torcedores do time A comprarem ingresso para irem no meio da torcida do time B com o objetivo de provocar deliberadamente uma briga (ainda que apenas brigando entre si!), poderão causar a perda de pontos do adversário. Alguém duvida que isso possa acontecer?

O clube deve ser responsabilizado pela segurança nos estádios, mas dentro de parâmetros de normalidade. Qual é a garantia efetiva que se pode dar num estádio com 40 mil pessoas? Quantos policiais ou seguranças seriam necessários para conter 40 mil pessoas que quisessem brigar? Com que tipo de armamento? Quando houve o episódio da quebradeira no Couto Pereira que resultou em perda de mandos do Coritiba, escrevi que achava a punição absurda. Nunca haveria contingente policial suficiente para conter a massa revoltada. O planejamento da segurança é feito considerando-se uma situação de normalidade. Tratar qualquer jogo de futebol como um evento de guerra exigiria uma mobilização absurda e inviável das forças de segurança. Para julgar-se se a garantia foi ou não adequada, é preciso criar um protocolo básico a ser seguido pelos mandantes conforme a capacidade dos estádios e a expectativa de público. Certamente, houve jogos com público numeroso no qual não houve brigas, mas nos quais o contingente envolvido na segurança foi pequeno – se tivesse havido agressões, o contingente não daria conta de reprimir, mas o mandante não foi punido simplesmente porque não houve conflito, independentemente do número de envolvidos na segurança do evento. Assim como já houve brigas generalizadas em estádios com grande contingente policial.

O caminho adequado para diminuir a violência nos estádios é a punição individual daqueles que praticam atos de violência. Todos são amplamente filmados e fotografados. Se a polícia não consegue identificar agentes de um crime largamente fotografados e filmados, então, é melhor não contar com a polícia para nada.


Outra possibilidade é a realização de partidas com torcida única, a do mandante. Talvez isso ajudasse a levar mais pessoas aos estádios, já que os riscos diminuiriam. Pode ser uma medida interessante, que deveria ao menos ser experimentada, como medida emergencial e provisória.

Friday, December 06, 2013

RECORDAÇÕES DE INFÂNCIA


A velha sede da fazenda era, para mim, algo emblemático da infância. O que chamávamos de “sede” era, na realidade, um conjunto de edificações que constituíam o núcleo em torno do qual girava toda a vida daquela fazenda de café de quase 200 alqueires.
No centro de tudo, estava a casa principal. Ainda hoje, tenho na memória aquele cheiro característico do velho casarão onde vivi boa parte de meus dias até mudar-me para a capital, aos 14 anos. Uma construção que, na minha infância, já devia ter uns 60 anos – casa curiosamente “híbrida”, pois fora, a princípio, levantada em madeira e, com o correr das décadas, foram-se-lhe acrescentando partes novas, reformando outras, numa mistura de materiais e estilos conforme as conveniências e possiblidades da família na época de cada ampliação. Afinal, já a conheci com poucas diferenças em relação ao que ela é hoje, constituindo na minha memória a figura una e única da “sede da fazenda”: no corpo principal – um retângulo perfeito – a parte anterior de tijolos, os fundos de madeira, as divisões internas idem – exceto os banheiros, todos em alvenaria.
Nessa parte, encontrava-se o meu quarto, com suas paredes de largas tábuas cujos vãos eram vedados com ripas. A tinta branca a óleo dava àquele ambiente rústico um ar de limpeza. Das paredes pendiam inúmeros quadros pendurados a intervalos regulares – janelas que me faziam entrar em outros mundos: o do passado, nas faces hirtas dos rijos antepassados ali fotografados; o da religião, no quadro do Sagrado Coração de Jesus, representado com ar mito doce e acolhedor na pintura que fora obra de uma tia.
Além das pictóricas “janelas”, alimentava minha imaginação infantil uma parte da casa que não se via: o sótão. Não um lugar ordenado e habitável entre o teto da casa e o telhado, como em algumas mansões, mas simplesmente o espaço escuro e misterioso ao qual só os mais velhos tinham acesso, e à custa de esforço, pois a única entrada para aquele mundo de sombras era um estreito alçapão no teto da sala principal, pelo qual, de vez em quando, meu avô subia com sacrifício, usando uma escada portátil, para verificar com a ajuda de uma lanterna as condições do telhado, ou da caixa d´água, ou da fiação elétrica (desde que havíamos abandonado os fedorentos lampiões a querosene, graças à chegada do progresso). O mistério do sótão era alimentado ainda mais pelo barulho dos passos de animais daninhos que constantemente por lá passeavam à noite: raposas e bambás, inimigos do ovos e pintainhos do galinheiro ,afincadamente combatidos por meu avô, como os gaviões que ele abatia com sua espingarda de cano longo e fino, sempre pendurada atrás da porta da cozinha.
Deliciosas eram as noites frescas em que nos divertíamos jogando baralho na sala principal, com sua pesada mesa de madeira maciça cercada de uma dezena de cadeiras negras com encostos e assentos em couro lavrado. O jogo era pretexto para conversas, ponteadas a cada quinze minutos pela cantiga sonolenta do antigo carrilhão que cantava britanicamente as horas.
Ligado à parte central da casa, havia o anexo mais recente, cujo piso estava num desnível de aproximadamente dez centímetros em relação à parte antiga: compunham-no a copa-cozinha nova, a despensa e mais um banheiro, tudo em alvenaria. Era o recanto prosaico da casa, também portador de boas recordações: os almoços fartamente servidos, com carnes, cereais e pães produzidos na própria fazenda, sem falar nas variadas sobremesas – especialmente as compotas de frutas – que hoje fariam horror aos citadinos preocupados com excessos de triglicerídeos.
Lembrança especial, para mim, é a geladeira velha, bem sortida, onde eu frequentemente buscava a leiteira com leite gordo e fresco, extraído sempre no mesmo dia pelas mãos hábeis do compadre Nino, que ordenhava as vacas ao nascer do sol. Vez ou outra, acordando antes de clarear, eu e meus irmãos passávamos pela cozinha, onde nossa avó havia preparado copos com dois dedos de conhaque que pegávamos, ainda de pijama, para completar com leite amarelo e quente, saído diretamente das tetas de uma vaca leiteira – sabor característico que nunca mais pude sentir.
Nos fundos da casa, dando para um galpão coberto, o fogão a lenha, que continuou a ser utilizado no preparo de certos quitutes – como a goiabada de tacho e as pamonhas – mesmo depois da chegada do fogão a gás na cozinha nova. O galpão me traz recordações especialmente gratas. Ali se reunia a família, completa, em dias de festança, quando a churrasqueira transformava o boi recém-abatido em saborosa carne assada na brasa. Ali também, perfilados nos longos bancos de tábua que ladeavam a mesa (uma prancha comprida sustentada em toscos cavaletes), nos entregávamos ao ritual da fabricação da pamonha. As espigas frescas do milho verde eram colocadas em enormes balaios de bambu numa das pontas da mesa e, ao chegaram à outra ponta, já eram pamonhas embaladas, prontas para irem ao fogo. Todas as mulheres e crianças participavam da produção em série. As crianças descascavam as espigas e lhes tiravam os cabelinhos, empregando palitos de dentes para arrancar de entre os grãos os fiozinhos mais renitentes que se agarravam nos sulcos da espiga. Quanto mais complexa a tarefa, maior era a idade dos executantes. Passava-se a matéria-prima de mão em mão, até que o grosso caldo verde chegasse às panelas de ferro, no outro extremo da mesa, onde as matronas da família se encarregavam do que eu imagina então ser o mais difícil: fazer uma bolsinha de palha de milho na qual derramavam, com uma concha, o precioso produto do trabalho – depois, numa arte que me parecia quase milagrosa, conseguiam dar um laço com a própria palha de milho naquele saquinho sem que o líquido denso escapasse. Aos homens adultos, cabia a fase de pré-produção: colher a matéria-prima – eles se encarregavam de prover os balaios com as melhores espigas.
Do outro lado da casa, o da fachada, e distante cerca de trinta metros, estava o terreiro de café, que se podia avistar da janela da copa-cozinha. Era na faixa entre o terreiro e a casa que se podia apreciar, todas as tardes, o exercício do senhorio naquela antiga. Ao cair da tarde, à medida que terminavam o serviço na lavoura, os empregados, um a um, carregando seus instrumentos de trabalho, iam se aproximando calmamente da janela alta onde se postava meu avô como se apenas contemplasse aquele largo horizonte que começava a avermelhar-se pelo pôr-do-sol. Era a hora da “bênção”, oportunidade em que cada um, cerca de um metro e meio abaixo do nível da janela, conversava com o patrão, tido por eles como um segundo pai. Prestavam contas do serviço do dia, contavam seus problemas, pediam conselhos. A bênção propriamente dita só era solicitada, e concedida, quando o empregado era afilhado do patrão, o que, aliás, acontecia com frequência.

Muitas lembranças mais guardo daquele ambiente que tanto marcou minha infância. A tulha, o lago, o riacho, a mata virgem, as casas dos colonos... Ao descrever esse mundo onde vivi boa parte dos meus primeiros anos, parece-me, ao mesmo tempo, que descrevo algo de mim mesmo. Na medida em que o homem é fruto do meio, posso dizer que minha formação e meu caráter estão de algum modo ligado àquela velha sede da fazenda. Mesmo tendo mudado muito, a ponto de olhar hoje o passado com olhos mais críticos, não há como desdenhar a importância daquele ambiente na minha constituição como pessoa.

Thursday, December 05, 2013

UMA HISTÓRIA DO JORNAL I&C - E COM O "TURCO"

Conheci o Jamil Snege quando era estudante de jornalismo e trabalhava no jornal Indústria & Comércio. Na época (1994!), o I&C era um baita jornal, com uma equipe maravilhosa. Gente do naipe de Roger Modkovski, Marcio Achilles Sardi, Rogério Pereira, Rodrigo Wolff Apolloni, , Liliam Sponholz, José Fernando da Silva, Alessandro Martins, Ana Paula de Carvalho, Alessandra Ferreira, Eledovino Basseto Jr., Oscar Roecker Neto, Israel Reinstein, Miram Gasparim, Eduardo Aguiar, David Campos, Márcia Campos, Simone Meirelles, Silvia Vicente Macedo, Sílvia Zanella, Filipe Pimentel, Viviane Favretto, Celso Nascimento, Bernardo Bittencourt, Aniele Nascimento, Martha Feldens, Teresa Martins, Patricia Habovski, Zé Suassuna de Oliveira, Andréa Bertoldi, Roberto Couto, Roberto Monteiro, Arthur Rosa, João Pedro Amorin, Adir Nasser, Szjia Ber Lorber, Taísa Binder, Omar Nasser, Andréa Ribeiro, Guilherme Puppo e muitos outros que não estou lembrando agora (perdão, estou colocando de memória e sei que, infelizmente, vou esquecer pessoas importantes porque tô velho), mas que faziam parte desse verdadeiro timaço comandado pelo Aroldo Murá. Que tinha ainda colunistas como o Carlos Alberto Pessoa e o Valêncio Xavier.

Como tínhamos muita gente boa das letras, propus fazermos um livro de poemas. Qualquer funcionário do jornal poderia participar enviando seus textos. Juntei todos e imprimi, sem identificação dos autores, para entregar a três avaliadores externos que dariam notas de zero a três para cada poema, e os que tivessem melhor avaliação seria publicados num livreto com apoio do jornal (o prof. Aroldo logo abraçou a ideia e escreveu a apresentação).

Bem, tivemos de tudo, poemas ótimos, outros medianos, vários fracos. Um dos avaliadores escolhidos foi o Jamil Snege. Deixei os textos com ele e, pouco tempo depois, ele disse que iria devolver sem avaliar, porque tinha muita coisa ruim misturada com algumas coisas muito boas, "como, por exemplo, aquele poema do João Cabral, muito bom" - e citou um poema. Por acaso, era um poema meu, eh, eh, eh... Fiquei muito orgulhoso. Mas devo dizer que na avaliação geral (feita, afinal, por outros três avaliadores: Hélio Puglieli, Leopoldo Scherner e Alzeli Bassetti), meus poemas ficaram em terceiro lugar (atrás do Marcio e do Roger).

Bem, é uma deliciosa recordação. Impossível não ter saudades daqueles tempos, especialmente importantes para mim. Então, pra encerrar, segue o poema que agradou o "Turco". Acho que ele foi muito bonzinho, porque tem até rima de "amor" com "dor" kkkkkkkkkkkkkk.... E não posso nem dizer que ele estava tirando sarro da minha cara, porque os poemas não estavam identificados.

RESPOSTA A "CATAR FEIJÃO",
DE JOÃO CABRAL DE MELLO NETO

Desculpe João, mas não concordo:
feijão cozido -- coisa prosaica,
e nossa língua arcaica,
"última flor do Lácio",
é artigo precioso,
difícil de ser tratado.
Catar feijão, que coisa fácil,
tarefa táctil...
Escolher palavras?
É preciso estro,
o dom difícil
da escolha certa.
O bafo quente
que leva a palha,
quem não o tem?
Mas a souplesse,
o gênio, a letra,
a inspiração poeta,
o sentimento, a dor,
saber o mar, a lua,
a estrela, o amor...
Ver além do objeto,
transcender o concreto,
interpretar,
dizer mais que as palavras...
quem é capaz?

Wednesday, December 04, 2013

NUNCA MAIS!

A todos aqueles que querem uma ditadura militar, desejaria que vivam sob uma (longe do Brasil).

A todos aqueles que defendem tortura contra suspeitos, desejaria que um dia caiam nas mãos da polícia como suspeitos de qualquer coisa.

"Desejaria" - porque na verdade não desejo, pois não desejo o mal a ninguém.

Tuesday, December 03, 2013

SOBRE A DURAÇÃO DOS DISCURSOS

Há um célebre conselho antigo aos "discurseiros": "seja breve e agradarás". Nossos políticos deveriam aprender isso.

Conta-se que, quando Eduardo Rocha Virmond era Secretário da Cultura, houve uma apresentação pública, ao ar livre, da Orquestra Sinfônica do Paraná. O parque encheu de gente, o povo querendo ouvir música erudita. Mas... programaram antes a discurseira
 dos políticos: prefeito, governador, autoridade disso, autoridade daquilo... E o povo sob o sol, esperando a falação acabar para ouvir a orquestra. O último da "fila" era o secretário Virmond. Ele chegou perto do microfone e discursou: "Meu discurso só tem duas palavras: música, maestro!"

Foi, de longe, o mais aplaudido, e com entusiasmo.

Certa vez perguntei a ele se a história (que ouvira de um terceiro) era verdadeira. Ele disse que sim. Ele sempre teve pavor de fazer discursos - e sua presença nos eventos era apreciada por isso!

Monday, December 02, 2013

QUE RELIGIÃO É ESSA?

Perdoem-me previamente, mas, assim como inventaram o rótulo "ecochatos", devia haver algo para alguns "religiosos". Como "féchatos" ou coisa parecida (alguma sugestão?)...

Vi uma entrevista do Leandro Damião sobre o gol que fez contra o São Paulo. Ele disse algo mais ou menos assim: "Chutei meio de tornozelo, a bola foi devagarinho, achei que fosse bater na trave, mas
 entrou. Acho que Deus deu um toquinho ali pra ela entrar..."

Tá, então me explica, Damião: que Deus é esse que torce para um time comunista (nome e uniforme inspirados na Internacional Socialista) contra o time do Santo Apóstolo? Qual o grande pecado do Ceni para que o diabo o faça ficar plantado no chão em vez de pular na bola?

Sunday, December 01, 2013

DE NOVO...

Já expliquei trocentas vezes, mas vou tentar de novo:
- Errado: "O Atlético errou mais passes, cruzamentos e fez mais faltas."
- Certo: "O Atlético errou mais passes e cruzamentos e fez mais faltas."
Será que é tão difícil entender? ..."passes e cruzamentos" são complemento do verbo "errar"; "mais faltas" é complemento do verbo "fazer".
Nesse caso, é simples: basta escrever como a gente fala.