Friday, May 22, 2009

Mais um... Esse ficou engraçado!

Matéria na Gazeta do Povo de 29/04/09 (Esportes, p. 10) intitulada “Atletas usam a rede para aparecer e lucrar” trata do uso da internet por atletas. A certa altura, lê-se esta frase (sic):

Ouro nos Jogos de Barcelona (1992), o ex-levantador da seleção de vôlei, Maurício Lima, é um dos poucos vetetranos que excedem à regra”.

A repórter usou equivocadamente o verbo exceder (“ir além”) como “ser exceção”. Ficou engraçado!

A reparar, também, o uso inadequado da vírgula, erro que infelizmente tem sido muito comum: o nome do ex-levantador não deveria estar entre vírgulas, a não ser que ele fosse o único ex-levantador da seleção, o que, obviamente, não é. O nome poderia estar entre vírgulas em outra construção da frase: “O ex-levantador da seleção de vôlei que ganhou o ouro nos Jogos de Barcelona (1992), Maurício Lima,...” -- caso em que o texto se referiria então ao levantador daquela seleção específica que levou o ouro em Barcelona.

Thursday, May 21, 2009

De novo...

Hum... Já está ficando chato, não? De novo, vou apontar erro de redação na Gazeta do Povo. É claro que a permanente “urgência” do trabalho jornalístico cria um ritmo de produção naturalmente vulnerável a erros. Mas também é preciso reafirmar sempre a necessidade de que os jornalistas mantenham-se constantemente atentos à qualidade da redação.

Vejamos o primeiro parágrafo da nota “Richa vai à CBF e revela otimismo” (20/05/09):

A convite de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, o prefeito Beto Richa foi ontem ao Rio de Janeiro falar sobe a candidatura de Curitiba a uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014 - o mesmo fez os prefeitos de Porto Alegre, Belo Horizonte.


Que tal o trecho destacado? Ui!

Wednesday, May 20, 2009

Ainda a "marcha da maconha"

Ainda sobre a "marcha da maconha": recomendo a leitura do editorial da Gazeta do Povo de 14/05: "O direito de discordar" (clique no título para ler o editorial). O superconservador diário paranaense, embora afirmando não concordar com a descriminalização do uso da maconha, defende o direito de livre manifestação do pensamento, bem na linha do que defendi aqui.

Wednesday, May 13, 2009

O poder da mídia!

É incrível o poder da mídia! No dia 7 de maio, a rádio BandNews FM, de Curitiba, entrevistou uma testemunha do acidente no qual o deputado Fernando Ribas Carli Filho, ao que tudo parece indicar, matou dois jovens inocentes. A testemunha era um jovem que estava num carro atrás do Honda Fit que foi trucidado pelo bólido voador do deputado. O rapaz descreveu o “acidente” em detalhes e afirmou que o carro do deputado estava em alta velocidade. A repórter perguntou então: “Mais ou menos a que velocidade?”. O entrevistado respondeu: “Pelo que vi nas entrevistas, uns 190 por hora”. A testemunha ocular, que presenciou tudo, baseou sua resposta na informação que recebeu da mídia!

Diplomas da Vizivale

Alunos que participaram do Programa Especial de Capacitação para Docentes, oferecido pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali), estão lutando pelo reconhecimento do diploma. No dia 06/05, os deputados estaduais aprovaram um projeto do deputado Péricles de Mello que garante a certificação aos alunos. Diversos professores estiveram na Assembléia Legislativa para pressionar pela aprovação do projeto.
No dia da votação, a rádio BandNews FM foi cobrir o evento e entrevistou uma das professoras presentes na manifestação a favor do reconhecimento do diploma. Foi impressionante a quantidade de erros crasos de português na fala da professorinha. Não aqueles “erros” comuns na linguagem falada coloquial, mas erros gritantes mesmo.
Independentemente de eles terem ou não direito ao reconhecimento do diploma, eu não gostaria que meu filho tivesse como professora a entrevistada da BandNews...

Friday, May 08, 2009

Hipocrisia e cinismo

Ridículo o MP querer impedir a tal “marcha da maconha” em Curitiba, como já foi feito em diversas capitais, aliás. Triste que ainda se veja gente (inclusive jornalistas!) defendendo a repressão à liberdade de expressão. É desanimador ouvir os “argumentos” do promotor que quer barrar a marcha, alegando que o tema pode ser discutido sim, mas “nos ambientes adequados”, como as universidades, com a presença de médicos que informem os malefícios da maconha (palavras do promotor). Rir ou chorar? Se os médicos desejarem, que façam a “marcha contra a maconha”. Mas não queiram voltar a tempos obscuros em que as pessoas não podiam defender suas ideias em praça pública. Mil vezes pior do que a maconha é a repressão à liberdade de expressão. Que cada um diga e defenda o que quiser. Defender a liberação do uso da maconha não é apologia ao crime, é livre manifestação do pensamento. O poder público quer “proteger” os “pobres coitados” da população que não têm condições de avaliar o que é bom ou ruim e por isso precisam da tutela estatal para lhes dirigir as escolhas? Abaixo o cinismo e a hipocrisia!

Falando sobre o uso de drogas: vejo diariamente pessoas de todas as classes sociais usando drogas, nos mais variados ambientes: nos estádios de futebol, nos bares e restaurantes, nas praças, até nas reuniões de família. E há pilhas de propagandas fazendo apologia ao uso de drogas, inclusive na televisão, com a participação de atores, cantores e até esportistas (como o glorioso Ronaldo). Falo das drogas legalizadas, como o álcool e o tabaco, que matam e prejudicam muito, infinitamente muito mais gente do que a maconha. Cadê os protestos? Qual a diferença, senhores hipócritas? Só uma: o comércio legal de tabaco e álcool gera bilhões em impostos, verba certamente muito bem utilizada para financiar farras aéreas e pagar altos salários aos utilíssimos diretores do Senado e funcionários comissionados da Infraero, entre outras aplicações de alta relevância...

De novo: abaixo o cinismo e a hipocrisia!