Atendendo
queixas de moradores da região, a Polícia Militar prendeu ontem um homem que
estava causando incômodo nas proximidades da Praça do Batel. Identificado como
Eduardo Nazário, o homem, aparentando pouco mais de 30 anos, é suspeito de
dirigir uma gangue de moradores de rua e trabalhadores desempregados. Quando
foi preso, vestia roupas velhas e estava sem tomar banho e barbear-se havia
vários dias.
Alguns moradores da região comentaram o comportamento do homem e do seu
grupo. “Eles viviam vagabundeando pelas ruas, conversando em voz alta até de
madrugada, incomodando com o barulho. O líder da gangue costumava subir nos
bancos da praça e ficava fazendo discursos para eles. Comiam na praça, bebiam e
deixavam tudo uma sujeira”, contou a dona de casa Ruth Pereira. Indignado, o
comerciante Paulo Costa reclamou que a gangue “reunia todo espécie de escória”.
Embora fazendo questão de dizer que “não tem preconceito contra ninguém”, Costa
afirmou que “o bando tinha drogados, bêbados, prostitutas, gays, travestis, um
bando de desocupados”, que, segundo ele, estavam deixando os moradores
inseguros. Uma senhora de cerca de 50 anos, que não quis se identificar, disse
que se sentia incomodada porque as pessoas do bando vivem “na promiscuidade”:
“Cheguei a ver mulheres abraçadas com mulheres, homens com homens, uma pouca vergonha,
tudo incentivado pelo líder deles”, declarou.
Frequentadores de uma igreja das
proximidades queixaram-se de que o homem e seu grupo os hostilizavam. “O homem
chegou a subir num caixote na calçada da igreja para falar que os pastores só
queriam dinheiro, que estavam enganando o povo. Ele ficou o tempo todo
desafiando a autoridade dos homens de Deus”, relatou o funcionário da Coletoria
Estadual Ernesto Pereira, frequentador do templo.
Um grupo de moradores conseguiu mobilizar
alguns deputados e líderes religiosos para a formação de uma comissão que foi
conversar com o governador do Estado para pedir punição rigorosa ao “líder
baderneiro”, como qualificaram o homem. Sensível à demanda da população, o
governador entrou em contato com o Judiciário e solicitou uma solução urgente
para o caso. Atendendo ao pedido do governador, o desembargador Antonio da
Silveira determinou que o prisioneiro seja executado em praça pública nesta
sexta-feira, determinando o meio para cumprimento da pena: a crucificação.
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