Wednesday, June 24, 2009
Assim é o capitalismo...
Triste, muito triste a constatação do óbvio a partir de uma matéria publicada hoje na internet: “Socorro a bancos em 1 ano supera ajuda a países pobres em 50, diz ONU”. Assim é o capitalismo. O capitalismo precisa da miséria. Uma vez que a riqueza do planeta é limitada, para que uns tenham muito, é preciso que outros tenham nada. Tinha razão, nesse aspecto, o velho Marx: a riqueza de uns é necessariamente a miséria de outros. Já ouvi várias vezes, inclusive em palestras de especialistas, que seriam necessários quatro planetas Terra para atender as necessidades da população mundial se todos tivessem o padrão de consumo de um estadunidense médio. Portanto, aqueles que têm poder e dinheiro precisam manter a miséria para que lhes caiba cada vez mais dinheiro e poder.
“Equilíbrio” no avião
Vi hoje uma matéria curiosa na internet: “Passageiros abandonam avião após piloto pedir que servissem de contrapeso ”. Já passei por isso! Numa conexão em Porto Rico, embarquei num pequeno avião turbo-hélice. Como havia poucos passageiros (uns 15, mais ou menos), a comissária pediu que equilibrássemos o avião nos dividindo entre os bancos da esquerda e da direita do corredor. Depois do estranhamento inicial, percebi que era um procedimento normal, corriqueiro e, afinal de contas, óbvio! Logo nos distribuímos equilibradamente nos assentos e o voo seguiu sem problemas.
Monday, June 22, 2009
“Pérolas”
Todos sabem que a qualidade de ensino no Brasil deixa a desejar... Com o “fim”, na prática, do vestibular, já que na grande maioria dos cursos há mais oferta de vagas do que demanda, não há mais seleção para a entrada no ensino superior. Com isso, a qualidade média dos alunos diminuiu, deixando evidentes suas deficiências.
Convém deixar claro que acho ótimo o fim do vestibular. O acesso ao ensino superior deveria ser direito garantido a todos os cidadãos que concluíssem o Ensino Médio e desejassem prosseguir os estudos no nível superior. Mas que a qualidade do ensino precisa melhorar, em todos os níveis, também não há dúvida.
Deploro ainda, por outro lado, a atitude de muitos professores que sempre colocam a “culpa” das deficiências do ensino no nível anterior àquele no qual lecionam. O professor universitário diz que os alunos são ruins porque o Ensino Médio é deficiente. Os professores do Ensino Médio colocam a culpa no Ensino Fundamental, e assim por diante (até chegar ao ventre materno...) – como se não fosse responsabilidade de cada um ensinar o que deve ser ensinado no seu respectivo nível.
Se um aluno chega com deficiências na universidade, não adianta ficar se lamentando – é preciso suprir essas deficiências ensinando. Se forem deficiências insuperáveis para uma determinada carreira, o estudante deve ser orientado para procurar aquela que lhe for mais conveniente.
Enfim, postas essas considerações iniciais, que têm o intuito de evitar a impressão de que estou “tripudiando” sobre “maus alunos”, coloco a seguir algumas das chamadas “pérolas” que colhi em provas e exercícios de redação jornalística. Estas que apresento aqui são antigas, mas engraçadas. Quem lê pode rir e achar divertido. Ao professor, cabe, depois do impulso incial de rir, buscar soluções e trabalhar com os alunos para que melhorem. É a nossa dura missão, cuja realização tem como maior recompensa constatar que muitos alunos conseguem efetivamente melhorar.
“PÉROLAS”
De textos sobre a guerra no Iraque:
• ... os Estados Unidos estão destruindo vidas ingênuas e futuras que foram construídas durante anos, por um único objetivo: o ego.
• Acredito que a guerra no Iraque é o fim da paz mundial. Pois os países envolvidos lutam pela paz. Logo não haverá paz onde há guerra com o sangue derramado.
• Se a guerra continuar resultará na destruturalização da sociedade mundial.
• Os veículos americanos que mostram a notícia sob aspecto geral são punidos por Bush.
•... o que importa para o governo americano é o petróleo dos iraquianos passando por cima de tudo e de todos.
Sobre a objetividade da notícia (a partir da leitura do livro de Luiz Amaral)
•... por mais que ambas tentam ser neutras, não conseguem. Ambas são neutras.
• Pelo título de realista a objetividade e a subjetividade caminham juntas.
• A reflexão sobre esses dois polêmicos temas e porque as matérias internacionais vem de forma curta, muito objetiva e sem maiores detalhes e a subjetividade entra nesse assunto com o interesse político e comercial do pais que vêm.
• Foram criadas as agências que, infelizmente, torna à informação em “um produto a venda”.
• A objetividade faz a notícia submissa, e não se dá a informação correta.
•... manipulação feita pelos países europeus, principalmente EUA, ...
• As indústrias colaborou para um aumento de tiragens, informações pouco aprofundadas, novas tecnologias e recrutamento de matérial humano adequado.
Sobre artigo e crônica:
• Artigo precisa ter começo, meio e fim.
• Artigo é um texto de caráter levemente tendencioso.
• Característica [da crônica] é o contexto rico de informações subjulgadas em um fato.
Outros:
• sático (satírico); tive-se (tivesse); sensasionalismo; inergúmenes (energúmenos); opnião; nescessidades; aterrozirar (aterrorizar); desnescessária; inoscentes; dia dia (dia-a-dia); em quanto (enquanto); Eu tenho gênero [gênio] forte.
Convém deixar claro que acho ótimo o fim do vestibular. O acesso ao ensino superior deveria ser direito garantido a todos os cidadãos que concluíssem o Ensino Médio e desejassem prosseguir os estudos no nível superior. Mas que a qualidade do ensino precisa melhorar, em todos os níveis, também não há dúvida.
Deploro ainda, por outro lado, a atitude de muitos professores que sempre colocam a “culpa” das deficiências do ensino no nível anterior àquele no qual lecionam. O professor universitário diz que os alunos são ruins porque o Ensino Médio é deficiente. Os professores do Ensino Médio colocam a culpa no Ensino Fundamental, e assim por diante (até chegar ao ventre materno...) – como se não fosse responsabilidade de cada um ensinar o que deve ser ensinado no seu respectivo nível.
Se um aluno chega com deficiências na universidade, não adianta ficar se lamentando – é preciso suprir essas deficiências ensinando. Se forem deficiências insuperáveis para uma determinada carreira, o estudante deve ser orientado para procurar aquela que lhe for mais conveniente.
Enfim, postas essas considerações iniciais, que têm o intuito de evitar a impressão de que estou “tripudiando” sobre “maus alunos”, coloco a seguir algumas das chamadas “pérolas” que colhi em provas e exercícios de redação jornalística. Estas que apresento aqui são antigas, mas engraçadas. Quem lê pode rir e achar divertido. Ao professor, cabe, depois do impulso incial de rir, buscar soluções e trabalhar com os alunos para que melhorem. É a nossa dura missão, cuja realização tem como maior recompensa constatar que muitos alunos conseguem efetivamente melhorar.
“PÉROLAS”
De textos sobre a guerra no Iraque:
• ... os Estados Unidos estão destruindo vidas ingênuas e futuras que foram construídas durante anos, por um único objetivo: o ego.
• Acredito que a guerra no Iraque é o fim da paz mundial. Pois os países envolvidos lutam pela paz. Logo não haverá paz onde há guerra com o sangue derramado.
• Se a guerra continuar resultará na destruturalização da sociedade mundial.
• Os veículos americanos que mostram a notícia sob aspecto geral são punidos por Bush.
•... o que importa para o governo americano é o petróleo dos iraquianos passando por cima de tudo e de todos.
Sobre a objetividade da notícia (a partir da leitura do livro de Luiz Amaral)
•... por mais que ambas tentam ser neutras, não conseguem. Ambas são neutras.
• Pelo título de realista a objetividade e a subjetividade caminham juntas.
• A reflexão sobre esses dois polêmicos temas e porque as matérias internacionais vem de forma curta, muito objetiva e sem maiores detalhes e a subjetividade entra nesse assunto com o interesse político e comercial do pais que vêm.
• Foram criadas as agências que, infelizmente, torna à informação em “um produto a venda”.
• A objetividade faz a notícia submissa, e não se dá a informação correta.
•... manipulação feita pelos países europeus, principalmente EUA, ...
• As indústrias colaborou para um aumento de tiragens, informações pouco aprofundadas, novas tecnologias e recrutamento de matérial humano adequado.
Sobre artigo e crônica:
• Artigo precisa ter começo, meio e fim.
• Artigo é um texto de caráter levemente tendencioso.
• Característica [da crônica] é o contexto rico de informações subjulgadas em um fato.
Outros:
• sático (satírico); tive-se (tivesse); sensasionalismo; inergúmenes (energúmenos); opnião; nescessidades; aterrozirar (aterrorizar); desnescessária; inoscentes; dia dia (dia-a-dia); em quanto (enquanto); Eu tenho gênero [gênio] forte.
Thursday, June 18, 2009
O fim da exigência de diploma para o exercício do jornalismo
O destino de dezenas de milhares de brasileiros portadores de diploma superior de Jornalismo foi afetado ontem (17/06) por um julgamento levado a cabo por ministros que pareciam não saber o que estavam julgando.
Julgava-se a obrigatoriedade ou não do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. Mas muitas falas dos ministros indicavam que eles estavam analisando outro tema. Eles falavam do direito à livre expressão do pensamento, o que é outra coisa, completamente diferente.
Será que os ministros do STF acreditam mesmo que os proprietários de veículos de comunicação que defendiam o fim do diploma estavam interessados em defender a liberdade de expressão, como raposas que defendem a abertura das portas do galinheiro para o bem da liberdade das galinhas?
A exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista tem tanto a ver com o direito à livre expressão do pensamento quanto a exigência de Carteira Nacional de habilitação com o direito constitucional de ir e vir.
Pela lógica dos ministros do Supremo, qualquer cidadão poderia dirigir – caso contrário, estaria tolhido na sua liberdade de ir e vir. Pela mesma lógica, os cidadãos poderão prescindir do trabalho dos advogados, em qualquer circunstância, em nome do direito constitucional à ampla defesa.
Como se vê, parecem absurdos – assim como é absurdo relacionar a exigência do diploma com a limitação à livre expressão do pensamento.
Os distintos ministros do STF parecem ter uma ideia completamente romântica e ultrapassada do jornalismo, como se estivessem parados no século 19 ou no início do século 20. Demonstram acreditar que ser jornalista e trabalhar num veículo de comunicação significa expressar livremente o pensamento. Ou seja, eles não têm noção clara do que é o trabalho do jornalista. Parecem achar que o jornalista tem como função manifestar seu pensamento – o que todos nós, profissionais da notícia, sabemos que não pode ser feito pelo jornalista, a não ser em casos excepcionais ou muito específicos, como na redação de artigos e crônicas, gêneros, aliás, abertos a qualquer pessoa, com ou sem diploma.
O fim do diploma tem vários subsignificados muito tristes. Como a demonstração do possível despreparo do Judiciário para julgar uma matéria que exige um conhecimento aprofundado do tema tratado. Outros significados são a incapacidade da classe dos jornalistas de se articular com força contra os empresários da mídia e a facilidade imensa que têm o poder do capital contra a fraqueza dos trabalhadores nas instâncias de poder.
Esperemos agora as possíveis consequências do fato. A desvalorização da profissão. O achatamento dos salários. A ideologização cada vez maior das redações. O povoamento das redações com estagiários de vários cursos e com apaniguados do dono do negócio. Funcionários cada vez mais submissos aos condicionamentos da empresa. Enfim, tudo com que sempre sonharam muitos dos donos da mídia.
Julgava-se a obrigatoriedade ou não do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. Mas muitas falas dos ministros indicavam que eles estavam analisando outro tema. Eles falavam do direito à livre expressão do pensamento, o que é outra coisa, completamente diferente.
Será que os ministros do STF acreditam mesmo que os proprietários de veículos de comunicação que defendiam o fim do diploma estavam interessados em defender a liberdade de expressão, como raposas que defendem a abertura das portas do galinheiro para o bem da liberdade das galinhas?
A exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista tem tanto a ver com o direito à livre expressão do pensamento quanto a exigência de Carteira Nacional de habilitação com o direito constitucional de ir e vir.
Pela lógica dos ministros do Supremo, qualquer cidadão poderia dirigir – caso contrário, estaria tolhido na sua liberdade de ir e vir. Pela mesma lógica, os cidadãos poderão prescindir do trabalho dos advogados, em qualquer circunstância, em nome do direito constitucional à ampla defesa.
Como se vê, parecem absurdos – assim como é absurdo relacionar a exigência do diploma com a limitação à livre expressão do pensamento.
Os distintos ministros do STF parecem ter uma ideia completamente romântica e ultrapassada do jornalismo, como se estivessem parados no século 19 ou no início do século 20. Demonstram acreditar que ser jornalista e trabalhar num veículo de comunicação significa expressar livremente o pensamento. Ou seja, eles não têm noção clara do que é o trabalho do jornalista. Parecem achar que o jornalista tem como função manifestar seu pensamento – o que todos nós, profissionais da notícia, sabemos que não pode ser feito pelo jornalista, a não ser em casos excepcionais ou muito específicos, como na redação de artigos e crônicas, gêneros, aliás, abertos a qualquer pessoa, com ou sem diploma.
O fim do diploma tem vários subsignificados muito tristes. Como a demonstração do possível despreparo do Judiciário para julgar uma matéria que exige um conhecimento aprofundado do tema tratado. Outros significados são a incapacidade da classe dos jornalistas de se articular com força contra os empresários da mídia e a facilidade imensa que têm o poder do capital contra a fraqueza dos trabalhadores nas instâncias de poder.
Esperemos agora as possíveis consequências do fato. A desvalorização da profissão. O achatamento dos salários. A ideologização cada vez maior das redações. O povoamento das redações com estagiários de vários cursos e com apaniguados do dono do negócio. Funcionários cada vez mais submissos aos condicionamentos da empresa. Enfim, tudo com que sempre sonharam muitos dos donos da mídia.
Thursday, June 11, 2009
Morreu minha Branca-de-Neve...
Todos os dias, eu passava diante daquela casa. Era uma casinha de contos de fadas: parecia ter sido construída para anõezinhos. Não que fosse uma casa pequenina, mas tudo nela era menor do que o normal. Entretanto, não era isso o que mais me chamava a atenção. Ela era toda branca, muito branca – as paredes e os muros do terreno de esquina. Mas talvez a característica mais propensa a excitar uma imaginação infantil era a forma das paredes e dos muros, construídos de modo a imitar pedras arredondadas, pedras tão perfeitamente arredondadas como só se pode encontrar num conto de fadas.
A casinha estava no meu caminho diário de casa ao jornal onde eu trabalhava como repórter, depois editor e editorialista. Naquela esquina, eu diminuía o passo para admirar o que eu chamava de “a casa da Branca-de-Neve”. Vez ou outra, ela estava na varanda – aquela varandinha quadrada em miniatura. Sim, minha Branca-de-Neve estava lá, bem velhinha, sentada numa cadeira de balanço – ao menos, na minha memória sublimada, vejo hoje uma cadeira de balanço. Era daquelas velhinhas de contos de fadas, com muitas rugas não escondidas, afrontando a idolatria contemporânea aos corpos juvenis, apresentadas talvez como troféus de anos bem vividos.
Nunca falei com ela, embora não me faltasse vontade, mas sobrava timidez. Aliás, quase nunca: uma única vez, dirigi-lhe a palavra, passando em frente em passo lento: “Muito bonita sua casa”. Ela respondeu com um sorriso simpático e um “Obrigada!” Jamais vi qualquer outra pessoa naquela casinha de sonhos infantis.
Ontem, o sonho ruiu. Havia tempo que eu não passava naquela esquina das Mercês . A casa não existe mais. Foi demolida, o terreno aplainado, provavelmente para a construção de um edifício e o sepultamente de coisas que cada vez mais perdem lugar numa grande cidade contemporânea como Curitiba: uma casinha de contos de fadas.
Por enquanto, o muro ainda está de pé. O que terá acontecido com minha Branca-de-Neve? Terá morrido como os sonhos infantis sufocados pela metrópole?
A casinha estava no meu caminho diário de casa ao jornal onde eu trabalhava como repórter, depois editor e editorialista. Naquela esquina, eu diminuía o passo para admirar o que eu chamava de “a casa da Branca-de-Neve”. Vez ou outra, ela estava na varanda – aquela varandinha quadrada em miniatura. Sim, minha Branca-de-Neve estava lá, bem velhinha, sentada numa cadeira de balanço – ao menos, na minha memória sublimada, vejo hoje uma cadeira de balanço. Era daquelas velhinhas de contos de fadas, com muitas rugas não escondidas, afrontando a idolatria contemporânea aos corpos juvenis, apresentadas talvez como troféus de anos bem vividos.
Nunca falei com ela, embora não me faltasse vontade, mas sobrava timidez. Aliás, quase nunca: uma única vez, dirigi-lhe a palavra, passando em frente em passo lento: “Muito bonita sua casa”. Ela respondeu com um sorriso simpático e um “Obrigada!” Jamais vi qualquer outra pessoa naquela casinha de sonhos infantis.
Ontem, o sonho ruiu. Havia tempo que eu não passava naquela esquina das Mercês . A casa não existe mais. Foi demolida, o terreno aplainado, provavelmente para a construção de um edifício e o sepultamente de coisas que cada vez mais perdem lugar numa grande cidade contemporânea como Curitiba: uma casinha de contos de fadas.
Por enquanto, o muro ainda está de pé. O que terá acontecido com minha Branca-de-Neve? Terá morrido como os sonhos infantis sufocados pela metrópole?
Sunday, June 07, 2009
Atraso intelectual
O governo do Estado de Santa Catarina comprou 130 mil exemplares da obra "Aventuras provisórias", de Cristóvão Tezza, para adotá-la nas escolas de ensino médio. Entretanto, acabou recolhendo o livro porque alguns professores consideraram que ele tem conteúdo inadequado (cenas de sexo e uso de palavrões) para a faixa etária a que se destinava, de 15 a 18 anos.
Não vou dizer que tal fato é simplesmente inacreditável porque hoje é possível acreditar em qualquer coisa, até numa estupidez dessas. Privar os alunos de uma literatura de altíssima qualidade como é a de Tezza pelas razões alegadas é atitude medieval.
O problema é que, em pleno século 21, nossas escolas ainda são do século 19, como bem afirma Rubem Alves. Ou os professores catarinenses vivem em outro planeta, ou os adolescentes do estado vizinho são retardados, coitadinhos...
Não vou dizer que tal fato é simplesmente inacreditável porque hoje é possível acreditar em qualquer coisa, até numa estupidez dessas. Privar os alunos de uma literatura de altíssima qualidade como é a de Tezza pelas razões alegadas é atitude medieval.
O problema é que, em pleno século 21, nossas escolas ainda são do século 19, como bem afirma Rubem Alves. Ou os professores catarinenses vivem em outro planeta, ou os adolescentes do estado vizinho são retardados, coitadinhos...
Wednesday, June 03, 2009
Duas do esporte
1) Na Gazeta do Povo, saiu este "primor" de título: "Vinícius ganha nova segunda chance". A matéria tratava da troca do goleiro Galatto pelo então reserva Vinícius, no Atlético Paranaense, após falhas grotescas de Galatto num jogo.
2) A Unisul (universidade catarinense) acabou com seu time de vôlei masculino, que disputava a Superliga. Entre as razões alegadas, o fato de a Rede Globo omitir sempre o nome do time, identificando-o apenas com o nome da cidade. Tal atitude já foi comentada aqui, no post "O patético cinismo da Globo". Segue trecho de matéria sobre o fato:
De acordo com a Universidade, o motivo de medida tão drástica é a falta ou a redução do apoio dos patrocinadores, insatisfeitos com o tratamento dado pela Rede Globo na transmissão dos jogos da equipe. A emissora omite, por decisão interna, o nome completo do time, falando apenas a cidade.
Desta forma, a Unisul/Tigre/Joinville tornou-se apenas "Joinville" na TV. "A Unisul faz um apelo à Confederação Nacional de Vôlei no sentido de repensar as estratégias de marketing da Superliga, visando a favorecer as equipes em seus esforços de buscar apoio imprescindível à sua sobrevivência", afirma a Universidade, em nota oficial."Uma das sugestões é condicionar à emissora que transmite com exclusividade os jogos, a exigência de mencionar os nomes verdadeiros das equipes, considerando que a televisão não pode se omitir no seu papel de ajudar a fortalecer uma modalidade do esporte que cresceu e se fortaleceu graças à abnegação e destemor de seus atletas e dirigentes", continua o documento.
2) A Unisul (universidade catarinense) acabou com seu time de vôlei masculino, que disputava a Superliga. Entre as razões alegadas, o fato de a Rede Globo omitir sempre o nome do time, identificando-o apenas com o nome da cidade. Tal atitude já foi comentada aqui, no post "O patético cinismo da Globo". Segue trecho de matéria sobre o fato:
De acordo com a Universidade, o motivo de medida tão drástica é a falta ou a redução do apoio dos patrocinadores, insatisfeitos com o tratamento dado pela Rede Globo na transmissão dos jogos da equipe. A emissora omite, por decisão interna, o nome completo do time, falando apenas a cidade.
Desta forma, a Unisul/Tigre/Joinville tornou-se apenas "Joinville" na TV. "A Unisul faz um apelo à Confederação Nacional de Vôlei no sentido de repensar as estratégias de marketing da Superliga, visando a favorecer as equipes em seus esforços de buscar apoio imprescindível à sua sobrevivência", afirma a Universidade, em nota oficial."Uma das sugestões é condicionar à emissora que transmite com exclusividade os jogos, a exigência de mencionar os nomes verdadeiros das equipes, considerando que a televisão não pode se omitir no seu papel de ajudar a fortalecer uma modalidade do esporte que cresceu e se fortaleceu graças à abnegação e destemor de seus atletas e dirigentes", continua o documento.
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