Wednesday, June 03, 2009

Duas do esporte

1) Na Gazeta do Povo, saiu este "primor" de título: "Vinícius ganha nova segunda chance". A matéria tratava da troca do goleiro Galatto pelo então reserva Vinícius, no Atlético Paranaense, após falhas grotescas de Galatto num jogo.

2) A Unisul (universidade catarinense) acabou com seu time de vôlei masculino, que disputava a Superliga. Entre as razões alegadas, o fato de a Rede Globo omitir sempre o nome do time, identificando-o apenas com o nome da cidade. Tal atitude já foi comentada aqui, no post "O patético cinismo da Globo". Segue trecho de matéria sobre o fato:

De acordo com a Universidade, o motivo de medida tão drástica é a falta ou a redução do apoio dos patrocinadores, insatisfeitos com o tratamento dado pela Rede Globo na transmissão dos jogos da equipe. A emissora omite, por decisão interna, o nome completo do time, falando apenas a cidade.
Desta forma, a Unisul/Tigre/Joinville tornou-se apenas "Joinville" na TV. "A Unisul faz um apelo à Confederação Nacional de Vôlei no sentido de repensar as estratégias de marketing da Superliga, visando a favorecer as equipes em seus esforços de buscar apoio imprescindível à sua sobrevivência", afirma a Universidade, em nota oficial."Uma das sugestões é condicionar à emissora que transmite com exclusividade os jogos, a exigência de mencionar os nomes verdadeiros das equipes, considerando que a televisão não pode se omitir no seu papel de ajudar a fortalecer uma modalidade do esporte que cresceu e se fortaleceu graças à abnegação e destemor de seus atletas e dirigentes", continua o documento.

4 comments:

Anonymous said...

O incasável "private eye" de don Tomas Barreiros, o gatilho mais rápido de Cambará. Temido pelos copidesks e revisores pois sempre atira em nome das normas da língua culta.
Ocorre que esta história da "nova segunda chance" tem lá a sua graça.
A piada nasce na impaciencia do antigo treinador com as falhas de seus arqueiros. Vinicius teve uma primeira chance. Falhou. Geninho lhe deu a cristã e redentora segunda chance. Outro fracasso.
Desmentindo o velho axioma que diz que "tres é demais", eis que o jovem arqueiro é chamado novamente.
Seria uma terceira chance ? Nada disso.Terceira chance escancararia a promiscuidade arbitraria do rodizio. Falhou , troca.
Uma "nova segunda chance". Eu até que gostei da sutileza.
Será que a jornalista foi aos jantares pagos pelo Geninho?

um abraço

Sandro Moser

eriel said...

procede o entendimento sr. Sandro, como bom eufemismo.
Assim como "outra alternativa" não é um dizer errado, se há três ou quatro opções.

Tomás Barreiros said...

Ah, ah! Se o jornalista tivesse a intenção de ser sutil, até que o título teria seu sabor. Mas duvido muito rs rs rs...

Tomás Barreiros said...

Essa da "outra alternativa" é ótima! De fato, nem sempre é pleonasmo!