Quando o homem de preto assoprar a latinha para o início da
peleja, eu estarei lá.
Estarei no meio da torcida, vibrando, gritando, aplaudindo,
incentivando o meu time.
Não importa qual será o jogo, que time estará do outro lado,
qual o campeonato.
Pode ser um time “sem série” na Copa Sul-Americana, na Copa
do Brasil, na Sul-Minas ou Sul-Minas-Rio. Pode ser um Torneio da Morte ou um
“ruralzão”. Não importa.
Talvez o jogo seja ruim. Talvez os jogadores do meu time não
joguem bem. Mas eu estarei lá.
Não vou ao jogo porque é um jogo bom, porque o adversário é
grande ou porque o campeonato é importante. Vou porque o meu time vai jogar. E
eu faço parte dele. Não há time sem torcida, assim como não há artista sem
plateia.
Não vaiarei qualquer jogador que esteja vestindo a camisa do
meu time durante o jogo. Tentarei incentivá-lo, cobrarei quando necessário,
pedindo “garra!” Mas enquanto ele estiver lá, coberto com o mais belo uniforme
de todos os tempos, terá meu incentivo. Se depois da partida estiver claro que
ele não se esforçou como deveria, aí sim, terminado o embate, talvez eu vaie,
talvez eu peça mais empenho.
É claro que eu quero a vitória, o título, a grande jogada, o
craque. Mas acima de tudo quero viver a emoção de estar lá, aconteça o que
acontecer. Sairei feliz ou triste, talvez entusiasmado, quem sabe arrasado. Mas
sairei mais humano, porque vivi as emoções desse esporte fantástico, metáfora
da vida.
Estarei no estádio no próximo jogo. E não irei porque o jogo
será bom ou importante. Irei porque o meu time estará lá, e eu faço parte dele.
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