Leitor fanático-compulsivo, acho que
sou dos poucos seres que compram e leem livros de poesia. Tenho me decepcionado
com alguns celebrados poetas contemporâneos, cujos poemas são tão herméticos
que acho que só eles e os críticos que os louvam entendem...
Melhor a poesia popular do Leminski,
que, sim, é capaz de emocionar e fazer refletir, mesmo em meio aos seus
trocadilhos mais baratinhos. Pelo menos são
passíveis de compreensão, análise e fruição...
Também ando mortificado por ver que muitos dos
melhores autores de hoje dão escorregadinhas na norma culta (e não por estilo,
porque as escorregadas são exceção e não têm papel determinado no texto, mas
por descuido mesmo). Essa é uma das razões porque adoro o Cristóvão Tezza:
qualquer coisa que ele escreve é escrita com o melhor da língua, impecável!
Ah, que cara chato que eu sou, querendo que os bons
escritores escrevam de acordo com as regras da norma culta (salvo, é claro, que
seja clara questão de estilo ou tenha razão de ser na construção da obra)...
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