Conheci radicais que defendiam o fim da humanidade para o bem
da Terra - esse me parece ser o caso mais extremo dos que negam a supremacia do
homem. Há um movimento ecológico com o sugestivo nome de Earth First. Tive um
professor de Biofísica na faculdade Medicina da UFPR que pregava a necessidade
de extinção do homem para o bem do planeta (minha primeira ideia foi
sugerir-lhe que começasse dando o exemplo kkk).
Bem, sabemos que os animais ditos irracionais movem-se por instintos pré-determinados. E, na natureza, todos os seres vivos estão em constante conflito de exterminação. Basta vivermos, andarmos, coçarmo-nos, que estamos eliminando incontáveis vidas. Assim como carregamos dentro de nós seres vivos microscópicos que nos são essenciais. E também aqueles que, havendo alguma debilidade orgânica, podem acabar conosco. É regra da natureza: os seres vivos eliminam uns aos outros. Isso é parte essencial do ciclo de existência do planeta. Um leão mata a gazela sem considerações morais a respeito. E jamais se tornará vegetariano, a não ser por alguma necessidade imposta pelo meio que leve a uma mutação genética...
OK, nós somos diferentes. Somos racionais. Não temos apenas instintos. Ora, o fato de sermos racionais não faz de nós seres antinaturais. Até temos a capacidade de fazer espontaneamente coisas contrárias à nossa natureza (comer pedras, por exemplo), mas temos condições determinadas por ela - como a necessidade do alimento, para citar uma.
Qualquer animal irracional tenderá sempre a agir conforme o que sua natureza determina, e será sempre aquilo que o leve à sobrevivência e à perpetuação da espécie. Pois bem, nós, racionais, temos a razão como parte de nossa natureza. Temos a capacidade de usar a racionalidade para buscarmos os melhores meios de sobrevivência e perpetuação da espécie. E é isso que cabe ao homem, naturalmente, fazer. Do contrário, seria agir contrariamente à própria natureza, que o dotou da razão como uma vantagem em favor de sua sobrevivência e perpetuação.
Claro que a civilização impõe limites à livre manifestação dos nossos instintos - mas, mesmo nesse caso, esses limites acabam por favorecer nossa sobrevivência e perpetuação, já que possibilitam a convivência em sociedade de modo a que possamos buscar o bem comum (e não a luta de cada um contra todos), outra vantagem que está na nossa natureza.
Se há a evidência natural de que o homem está no topo da hierarquia na escala biológica, é direito dele utilizar os meios que sua inteligência proporciona para garantir melhores condições de sobrevivência e preservação da espécie.
Por outro lado, faz parte da evolução civilizatória do homem que ele seja capaz de considerar ética e moralmente seus atos. Assim, o homem pode e "deve" fazer esse tipo de consideração em relação aos outros seres vivos. Entretanto, na medida em que isso implique diminuir sua capacidade de sobrevivência e perpetuação, será ato contrário à sua própria natureza de animal racional.
Concluindo: parece que o ser humano tem o direito de utilizar racionalmente os meios de que possa dispor para melhorar suas condições de sobrevivência e perpetuação. Mas também deve fazer o possível para, em conformidade com a moral e a ética civilizatória, evitar uma inútil e/ou despropositada exploração de outros seres vivos.
Enfim, faço essas reflexões diretamente aqui, sem uma preparação mais aprofundada do que escrevo, apenas expondo "sem rascunho" algumas ideias que elaborei a partir desse debate. E estou aberto aos argumentos contrários, sempre enriquecedores quando lógicos e bem construídos.
Bem, sabemos que os animais ditos irracionais movem-se por instintos pré-determinados. E, na natureza, todos os seres vivos estão em constante conflito de exterminação. Basta vivermos, andarmos, coçarmo-nos, que estamos eliminando incontáveis vidas. Assim como carregamos dentro de nós seres vivos microscópicos que nos são essenciais. E também aqueles que, havendo alguma debilidade orgânica, podem acabar conosco. É regra da natureza: os seres vivos eliminam uns aos outros. Isso é parte essencial do ciclo de existência do planeta. Um leão mata a gazela sem considerações morais a respeito. E jamais se tornará vegetariano, a não ser por alguma necessidade imposta pelo meio que leve a uma mutação genética...
OK, nós somos diferentes. Somos racionais. Não temos apenas instintos. Ora, o fato de sermos racionais não faz de nós seres antinaturais. Até temos a capacidade de fazer espontaneamente coisas contrárias à nossa natureza (comer pedras, por exemplo), mas temos condições determinadas por ela - como a necessidade do alimento, para citar uma.
Qualquer animal irracional tenderá sempre a agir conforme o que sua natureza determina, e será sempre aquilo que o leve à sobrevivência e à perpetuação da espécie. Pois bem, nós, racionais, temos a razão como parte de nossa natureza. Temos a capacidade de usar a racionalidade para buscarmos os melhores meios de sobrevivência e perpetuação da espécie. E é isso que cabe ao homem, naturalmente, fazer. Do contrário, seria agir contrariamente à própria natureza, que o dotou da razão como uma vantagem em favor de sua sobrevivência e perpetuação.
Claro que a civilização impõe limites à livre manifestação dos nossos instintos - mas, mesmo nesse caso, esses limites acabam por favorecer nossa sobrevivência e perpetuação, já que possibilitam a convivência em sociedade de modo a que possamos buscar o bem comum (e não a luta de cada um contra todos), outra vantagem que está na nossa natureza.
Se há a evidência natural de que o homem está no topo da hierarquia na escala biológica, é direito dele utilizar os meios que sua inteligência proporciona para garantir melhores condições de sobrevivência e preservação da espécie.
Por outro lado, faz parte da evolução civilizatória do homem que ele seja capaz de considerar ética e moralmente seus atos. Assim, o homem pode e "deve" fazer esse tipo de consideração em relação aos outros seres vivos. Entretanto, na medida em que isso implique diminuir sua capacidade de sobrevivência e perpetuação, será ato contrário à sua própria natureza de animal racional.
Concluindo: parece que o ser humano tem o direito de utilizar racionalmente os meios de que possa dispor para melhorar suas condições de sobrevivência e perpetuação. Mas também deve fazer o possível para, em conformidade com a moral e a ética civilizatória, evitar uma inútil e/ou despropositada exploração de outros seres vivos.
Enfim, faço essas reflexões diretamente aqui, sem uma preparação mais aprofundada do que escrevo, apenas expondo "sem rascunho" algumas ideias que elaborei a partir desse debate. E estou aberto aos argumentos contrários, sempre enriquecedores quando lógicos e bem construídos.
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