O texto jornalístico tem como regra básica ser claro. Leia o trecho a seguir (primeiro parágrafo de uma matéria da agência Reuters publicada na Gazeta do Povo) e veja se consegue entender:
Um tribunal de apelações dos EUA rejeitou ontem o pedido do governo de Barack Obama para suspender uma decisão que deixava sem efeito uma moratória temporária à perfuração petrolífera em águas profundas...
“... rejeitou ... o pedido ... para suspender a decisão que deixava sem efeito uma moratória”... É tanta negação da negação que se o leitor não está previamente informado sobre o caso fica difícil entender...
Claro que o título ajuda, mesmo dando uma informação imprecisa: “Justiça americana libera perfuração de petróleo no mar” (na verdade, a Justiça não “liberou”), mas que o lide ficou muito estranho, ficou!
Blog do jornalista e professor Tomás Eon Barreiros.
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- Tomás Barreiros
- Jornalista, especialista em Língua Portuguesa, mestre em Comunicação e Linguagens, doutorando em Ciências da Educação, professor universitário em Curitiba-PR.
2 comments:
É, ficou complicado mesmo. Mas qual seria a melhor forma de simplificar esse lide? Fala aí Tomás!
Abraço
Boa pergunta! Uma solução seria escrever sobre a derrota do governo no Judiciário, que decidiu contra a pretensão dos EUA de acabar com as perfurações de petróleo - depois, explicar o processo judicial, passo a passo.
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