Começa o conclave que escolherá o novo papa. Católicos e muitos não
católicos esperam ansiosos, muitos rezam, vários torcem por um ou outro cardeal
“papável”. Os ditos “progressistas” esperam por um papa atualizado, que promova
mudanças na Igreja. Entretanto, é preciso que se diga: a Igreja não mudará
essencialmente. Ao contrário do que possam pensar muitas pessoas pouco afeitas
ao Catolicismo, a Igreja não mudará porque ela não pode mudar, sob pena de
deixar de ser ela mesma.
Claro que pode haver transformações no modo como a Igreja se comunica
com os fiéis e com o mundo. Mas, em essência, a Igreja jamais deixará de
proclamar as verdades da fé que sempre proclamou. Há muitos pontos intocáveis
na doutrina católica. Os dogmas não serão jamais “revogados”. A moral católica
não se adaptará aos tempos. A condenação ao aborto e à contracepção, por
exemplo, permanecerão.
Na perspectiva católica, se algum papa tocar na doutrina católica
tradicional e secular, ele poderá ser considerado um antipapa, e a sede se
deduzirá vacante, e será um sinal do fim dos tempos.
Questões que não são de doutrina estabelecida podem ter novas
definições. Regras da vida eclesiástica e normas disciplinares, estas sim, podem
ser alteradas. A liturgia pode ser modernizada. Até o celibato sacerdotal pode
ser abolido. Mas em termos doutrinários nada mudará. E essa é uma das razões da
perpetuação da Igreja ao longo dos séculos.
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