Wednesday, November 28, 2012

Resultado do Portugal Telecom

Saiu ontem o resultado do Prêmio Portugal Telecom. Dalton Trevisan foi premiado na categoria conto com "O anão e a ninfeta". Não gostei. Não por que não aprecie a obra do vampiro, embora ache que alguns livros dele só se baseiam no nome ("Pico na veia", p. ex., achei patético). Não li o livro premiado. Será que não é "mais do mesmo"? Mas não gostei da premiação porque estava torcendo pelo João Carrascoza, com seu sensacional "Amores mínimos". Carrascoza é dos poucos autores brasileiros capazes de me emocionar de verdade. Seus contos mostram uma compreensão profunda da alma humana. A quem ainda não leu "Amores mínimos", recomendo que leia. Imperdível.

Sonegar/alterar informação é falta de ética

A CBN, para minha decepção, aderiu ao mercenarismo da Globo, que boicota os times de vôlei brasileiros de ponta. A Globo (e agora a CBN) não chama os times pelos seus nomes, mas pelos nomes das cidades-sede. Ontem, o jogo entre Unilever e Amil se transformou em "Rio x Campinas". No dia em que uma cidade tiver dois times, vão chamá-los como? Pelo nome do bairro?
Um nojo, dá vontade de vomitar. Jornalista que faz isso não tem vergonha na cara. Sonegar informação básica, alterar a informação, é canalhice, falta contra os preceitos éticos básicos da profissão.

Mancadas no rádio

Rádio, ê rádio... Algumas "impropriedades" que ouvi no rádio nesta semana:

1) Na Bandnews, do repórter que cobre a F1, a partir de Interlagos - ele explicava que o som não chega no local onde ele estava porque era "isolado sonoricamente".

2) Na Transamérica: "Chegada de reforços no meio da competição foram os fatores determintes para a recuperação do time".

3) Idem: "Elias, ao lado de outros reforços, ajudaram...."

4) Um jogador do Coxa explicando sua situação: "...fiquei quase 40 dias, um pouco mais..." Quase ou um pouco mais que quase?


5) A CBN tem um anúncio ("serviço") que avisa que "Curitiba tem coleta domiciliar de lixo tóxico", explicando que um ônibus da Prefeitura fica a cada semana num terminal de ônibus diferente para receber o lixo. Ei, CBN, meu domicílio, graças a Deus, não é um terminal de ônibus!!!

Dica de filme

Dica para o fim de semana: veja o filme francês "E se vivêssemos todos juntos?" Bom cinema "das antigas": bons atores, uma boa história, nenhuma explosão nem "efeitos especiais". Uma história sobre amizade, amor, fidelidade, velhice... Comovente.

A falta do "cujo"...

Que falta faz o "cujo"! Fico triste com o assassinato do "cujo"...
Veja, por exemplo, esta frase na Gazeta 24/11: "Ele [...] é um atleta que nós sabemos do potencial..."
Não ficaria MUITO melhor com o cujo? Assim: "Ele é um atleta cujo potencial nós conhecemos"...

Erros na Gazeta do Povo

Algumas frases " a melhorar", extraídas da Gazeta do Povo de quinta-feira.

1) "Como que você avalia o Atlético?" - o "que" está sobrando...

2) "Das cinco equipes que brigaram de fato pelo acesso, qual que pode servir de exemplo para o Paraná em 2013?" - de novo, na mesma entrevista, um "que" perdido na frase.

3) "Após seis dias de tentativas, o grupo rebelde M23 tomou ontem a cidade de Goma, no Leste do Congo, e prometeu 'libertar' todo país." - aqui, é preciso entender a diferença entre "todo o país" (ou seja, o país inteiro) e "todo país" (qualquer país, todos os países). Do modo como foi escrito, o grupo pretende libertar todos os países. Será que eles vêm ao Brasil?